Sejam Bem Vindos!!

Este blog foi criado para relatar minha experiencia com a Síndrome do Pânico, que tenho desde de 2002, e também minhas impressões sobre a vida.

Quando descobri que tinha a doença foi muito difícil, não a conhecia bem e não queria aceitar a situação. Por isso quero dividir minha experiencia com vocês, para poder divulgar este distúrbio e mostrar que o Pânico não tem cura, mas é controlável.

Também relato minha tragetória para descobrir quem sou, e o que um dia quero ser....

“ A vida é curta, por isso, faça amigos, perdoe os inimigos, faça planos, realize sonhos, quebre regras, faça outras, e nunca deixe de sorrir . Viver não é facil como imaginávamos, mas já que estamos vivos ame e viva como se o amanhã fosse incerto.” (Dani Mendes)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Eu sou...Simples assim!!!!

Eu sou os livros que leio, os lugares que conheço, as pessoas que amo. Eu sou as orações que faço, as cartas que recebo, os sonhos que tenho. Eu sou as decepções por que passei, as pessoas que perdi, as dificuldades que superei. Eu sou as coisas que descobri, as lições que aprendi, os amigos que encontrei. Eu sou os pedaços de mim que levaram, os pedaços de alguns que ficaram, as memórias que trago. Eu sou as cores que gosto, os perfumes que uso, as músicas que ouço. Eu sou os beijos que dei, sou aquilo que deixei e aquilo que escolhi. Eu sou cada sorriso que abri, cada lágrima que caiu, cada vez que menti. Eu sou cada um dos meus erros, cada perdão que não soube dar, cada palavra que calei. Eu sou cada conquista alcançada, cada emoção controlada, cada laço que criei. Eu sou cada promessa cumprida, cada calúnia sofrida, a indiferença que se formou. Eu sou o braço que poucas vezes torceu, a mão que muitas outras se estendeu, a boca que não se calou. Eu sou as lembranças que tenho, os objetivos que traço, as mudanças que sofrerei. Eu sou a infância que tive, sou a fé que carrego e o destino que reinventei." (Autor desconhecido)




terça-feira, 15 de novembro de 2011

Me reorganizando....quanta coisa em uma só pessoa!!

Bem pessoas, andei sumida, né?? 

Eu estava um pouco atarefada, trabalho, casa, marido, família, amigos,....
Esta semana preciso desabafar um pouco. Nos últimos meses tenho feito muitos progressos na terapia. Graças a Deus, este ano só tive uma crise no inicio de 2011 e atualmente estou ótima, mas ando mexendo, vasculhando sentimentos e emoções doloridos.  
Este ano foi o ano de enfrentar medos e sentimentos, e quando acho que já resolvi tudo, sempre acontece alguma coisa para me lembrar que existem “coisas” que estão escondidas e que eu não quero mexer, tenho medo do que vou encontrar....
É estranho me dar conta que tenho medo de me enfrentar, de enfrentar o que eu sinto! De olhar no espelho e admitir que me fizeram sofrer  e que estou magoada, de falar que já tive raiva, de contar que já me machuquei e que ainda dói!!!
Tudo isso aconteceu há tanto tempo, e eu guardei dentro de 100 caixas para não ser visto nem descoberto, mas nem tudo pode ficar guardado e agora tenho que lidar com esta gama de emoções que estão saindo, vazando, vindo de longe para eu resolver, para eu enfrentar!
Eu tenho pânico por não saber lidar com isso! Por esconder o que sento, por pensar demais, por não me atrever mais, por ter medo de me machucar denovo...
No fim, viver é isso! Não que eu não viva, mas poderia ser mais feliz se ousasse mais, se enfrentasse mais, se assumisse meus sentimentos (dor, amor, raiva, decepção, negação, afirmação) e se aprendesse a pensar  mais em mim.
Estou um pouco desorganizada...desculpe! Vou reorganizar minhas ideias e volto para contar pra vocês!
Bom fim de feriado e vamos que vamos.....
Bjos

A gente se acostuma....

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(1972)

domingo, 31 de julho de 2011

Dias....

Demorei para aparecer....
Estes ultimos dias tem sido corridos....sorry!!
Estou super imersa nos meus trabalhos (que amo!!), voltei a fazer academia (para perder alguns quilinhos....rsrrsrs) e finalmente a minha medicação esta sendo retirada.
Mais dois ou três meses e adeus remédio......uhauhauha.....
Estou cada dia melhor .... Graças a Deus nem sinal de novas crises de pânico, mas posso garantir que muito tem haver com a terapia, que não paro por nada deste mundo.
Falo para vcs há tempos que tenho revisto sentimentos, aberto minha caixa de pandora....e nossa como tem coisa lá dentro...parece que não termina nunca!! Mas com calma estou conseguindo colocar algumas coisas no lugar....
Resolvi escrever hj por que acabei de ler um livro, que me deixou estranha.

Ele fala sobre escolhas, vidas que se cruzam, ideias que se apagam, crescer, viver, amores peridos, amizades eternas.....nossa uma gama de emoções muito reais. Uma história muito real.

O estranho foi me ver em muito momentos do livro.... em escolhas, medos, disilusões....estou olhando para isso na terapia o que só reforçou este meu impacto com o livro.

O livro conta a história de duas pessoas durante 20 anos, sempre no dia em que se conheceram 15 de julho, e criaram um vinculo muito forte....
Impossível não se ver na pele dos personagens....


Recomendo: "Um dia" de David Nicholls.

Quando eu estiver mais inspirada volto para falar um pouco mais da terapia....

Beijos e boa semana!!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Essa sou eu....ops!!

Eu definitivamente tenho problemas com lugares fechados com muita gente.....leia-se FECHADOS!!!!
Estou sem carro até o final desta semana devido ao acidente que sofri a mais ou menos 15 dias atrás. Devido a este fato, tive que começar a pegar ônibus para ir ao trabalho. Tudo normal, certo?
Mais ou menos....em duas ocasiões percebi os vidro fechados. O ônibus não estava lotado, mas já foi o suficiente para me deixar inquieta, como se estivesse presa em um buraco. Nossa foi horrível!! Tentei esquecer, não prestar atenção, mas não deu....comecei a ter falta de ar, inquietação....Enfim, tive que abrir todas as janelas perto de mim para ficar bem, ou quase bem.  A sensação de desconforto, como se fossem me sufocar foi gritante!! Mas deu tudo certo e cheguei em casa e no trabalho bem. Um pouco ansiosa, mas bem!
 Mas a nossa mente às vezes é seletiva!
Este ano, em abril, fui ao show do U2 e não tive nada!!! E olha que fiquei na pista, próxima ao RED ZONE, enfim o lugar onde tinha mais gente....
Na época todo mundo ficou morrendo de medo de eu passar mal, por causa da lotação e tal, mas eu não tive nada.
Tudo bem que eu estava esperando este show desde 2006, quando eles tinham vindo aqui pela ultima vez. Fiquei 5 horas na fila para comprar o ingresso, e quase não consegui.
Era o show da minha vida!! Ele fazia parte da minha listinha de coisas que vou fazer antes de morrer...rsrsrsr
Estava tão ansiosa e empolgada por estar naquele lugar que desliguei dos meus medos. Só tinha olhos para o palco e ouvidos para as musicas. Simplesmente delirei...
Outra coisa que estou aprendendo na terapia (a duras penas) é que não tem como fugirmos de nós mesmos, do que somos e de como estamos.
No show eu me soltei, não devia nada a ninguém, não me preocupei se eu iria ou não passar mal, eu simplesmente falei: “nada vai me incomodar hj”....Já no ônibus, a situação era outra: eu não queria estar lá, e quando percebi que poderia perder o controle, que tentei disfarçar o que estava me incomodando as coisas pioraram...somos o que somos, certo?
Estou decidida a começar a ser mais livre....quero me amar sem restrições com ou sem pânico.
 Às vezes sou séria, às vezes muiiito tagarela, às vezes chorona, tenho crises de riso, tenho medos bestas e medos não tão bestas, gosto de coisas simples, às vezes sou muiiito brava, perco a paciência, falo coisas sem pensar, amo e odeio, tenho preguiça, tenho sonhos, acordo de mal humor, choro com noticias tristes e dou risada a toa. Gosto de fazer um monte de coisas e quando me dou conta não sei por onde terminar, erro, acerto, enfim  sou assim, certo!?
Ainda não consegui aceitar quem eu sou, ou algumas coisas em mim. Por exemplo, na minha linda cabeça eu não deveria ter problemas em ficar em local com muita gente, pq eu já consegui ficar em lugares piores e não ter nada.
Mas a gente não manda em algumas coisas que sente, e eu tenho que parar de me culpar por não ter o controle de tudo, por exemplo sentir! Quem manda nos sentimentos??? Bem, eu queria mandar, mas cheguei à conclusão que tem coisas que não são possíveis...
Amo viver....e depois do pânico quero viver mais intensamente a cada instante. Quero  lidar com meus medos e desafios e ser livre.......para conhecer melhor lugares, pessoas, coisas, histórias.....
Ufa! Hoje eu viajei....rsrsrsrsr
Beijos a todos!!!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ler faz bem para a alma....

Durante estes meus anos de convivencia e controle do pânico, descobri várias coisas boas na minha vida. Uma delas foi ler.

Sempre fui adepta a leitura em geral, mas depois da ultima crise virei devoradora de livros. Amo ler!!

Leio sobre tudo. Sou rata de internet, leio jornais, revistas, mas os livros são meus sonhos.

Tenho minhas épocas de literatura.

Tem mês que só leio livros cabeça, com estórias que fazem a gente pensar, refletir. Tem mês que só leio romance "água com açucar",  que também me faz rir e chorar.

Descobri que os livros são e sempre foram meus melhores amigos (essa frase foi piegas...rsrs), mas quando estou cansanda, triste ou simplismente com vontade de viajar, pego um belo livro, e lá vou eu devorar suas páginas.

Eu sempre gosto de falar de um certo livro que marcou minha vida, pelos sentimentos que ele me passa. Pela beleza e pela pureza, e também pelo horror de ser humano. Caracteristicas só nossas. Recomendo muito o livro: " A menina que roubava livros".  Com certeza vocês irão chorar, mas  vale cada palavra, cada "cena" do livro.

Depois das minhas aventuras com meus livros, resolvi começar a escrever (mais uma descoberta...rsrsr). Estou iniciando um pequeno romance. Talvez leve um ano para escreve-lo, devido a quantidade de coisas que tenho e quero fazer, mas um dia eu termino.

Me lembro que até algum tempo atras eu não acreitava nem que fosse me formar na faculdade, acreditam? Achava que era muita areia para meu caminhãzinho....rsrs
Imagina querer escrever um livro???
Não sei se vou publica-lo, mas já tenho toda a história formada na minha cabeça....Acho que com ou sem publicação, estou escrevendo para mim.

Queria descrever todas as ideias e coisas que tenho descoberto na minha vida e na minha cabecinha para vocês, mas é muita coisa....Só consigo passar fragmentos.

Enfim, mais uma conquista que reconheço! Mais um passo....

Amanhã tenho terapia, e muitas descobertas esta semana....
Depois conto tudo para vocês!!!

Beijos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Semana de conquistas....

Oi pessoas!!!
Estas duas ultimas semanas foram punk, mas sobrevevi, inteirinha e o melhor sem nem sinal do pânico.

Estou trabalhando em dois lugares. Com sou autônoma, estou prestando serviço para uma consultoria e tenho também meu trabalho fixo. Tudo bem, eu sei arranjo mil coisas para fazer ao mesmo tempo. (Calma que vou chegar lá).
Estava super atarefada semana passada, tentando dar conta de tudo (para variar), até que quinta bateram no meu carro.
Em outras épocas eu teria brigado com o motorista do outro carro, chorado e provavelmente tido uma crise devido ao meu estresse. Mas sabe o que foi melhor....eu lidei super bem!!
Primeiro vimos se nenhum dos dois tinha se machucado ( ainda bem que não), e depois de esperar o guincho para rebocar o carro dele fomos fazer BO. Conversei com a pessoa que bateu e ele  vai pagar o conserto.
Liguei tranquilamente para o trabalho (falando que iria atrasar), depois liguei para meu marido. Ele achou incrível....eu estava tirando sarro da situação.
Na delegacia fiquei até amiga do guarda e do rapaz que bateu em mim....rsrsrsrs
Fiquei tão feliz por mim, por que nos ultimo ano se eu estivesse estressada e acontecesse algo assim eu surtava. Nossa me senti radiante.
Ainda fui trabalhar (meu carro ainda andava) e dar risada.

Quanto ao trabalho, mais uma conquista! Finalmente entendi que eu tenho limites, e que não dá para eu querer fazer tudo ao mesmo tempo. Conversei com o pessoal que presto serviço, e falei que algumas coisas eu não daria conta e acharia melhor fazer menos, mas com qualidade e sem tanto estresse.

Deu um friozinho na barriga, admitir para mim e para outros que eu não daria conta, mas ao mesmo tempo foi um alívio ter sido honesta comigo.

Sou muito ativa. Quero fazer tudo ao mesmo tempo, ajudar todo mundo, fazer um monte de coisas (cursos, trabalhos, ser mãe, dona de casa,esposa e filha)....ufa!!! Mas resolvi que não dá. Vou tentar fazer tudo isso, mas uma coisa de cada vez. Só não decidi a ordem.....rsrsrsrsrs


Mais uma vez a terapia esta me ajudando muito. Nos ultimos meses tenho lidado muito comigo e com meus mosntros. Tem sido bastante dolorido, mas já estou vendo algumas conquitas!!! Isso é o que faz eu querer sempre crescer.

Meu marido me questionou estes dias se eu não me canso de terapia, pensar, sofrer....Mas eu não canso!! Amo crescer, melhorar. Quero ser uma pessoa melhor sempre, mas primeiro tenho que acreditar mais em mim (uma das metas mais dificeis que coloquei para mim). A terapia esta dura neste quesito....

Logo quero ser mãe, e poder criar meus filhos sem neuras e chatisses em demasia. Será que eu consigo??? Bom, só o tempo irá dizer.....

Beijos e até mais!!!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Adoro essa música!!

Uma música para animar o resto da semana....rsrsrsrssr
Beijos

Todo dia uma nova descoberta....

Oi gente!
Fazia um tempo que eu não apareceia....
Estes ultimos dias tem sido um tanto cheios.
Não de trabalho, mas de descobertas.
Meu trabalho esta ótimo! Finalmente achei minha vocação e amo o que eu faço. Trabalhar com educação, com pessoas é maravilhoso. Cada dia aprendo coisas novas, conheço pessoas novas e histórias tão fantásticas que poderia escrever um livro com elas. Isso só faz eu amar o que faço.
Tudo bem, meus amigos brincam comigo que na minha vida ou eu amo ou eu odeio, mas não tem coisa melhor do que se sentir satisfeita, em paz!?
Mas como a vida não é perfeita, posso dizer que hoje a unica coisa que tenho certeza da minha vida é que escolhi uma linda profissão. As coisas na miha cabeça estão muito confusas, uma bagunça....é muito difícil "crescer" sem mexer em coisas muito profundas.
Nestas ultimas sessões de terapia, finalmente consegui abrir minha "caixa de pandora", e agora tudo o que saiu não tem mais como retornar.
Demorei 6 anos de terapia para me estruturar e ter coragem de encarar meus medos, aceitar limites e sentimentos adormecidos. Na verdade eu só olhei para eles, e isso já foi muito dolorido.

Como não quero mais ter pânico, e o principal não quero mais viver me sentindo "presa", resolvi tentar encarar estes fantasmas. Eles são grandes, mas eu desconfio que eu coloquei uma lupa sobre eles. Minha luta agora é ve-los um pouco menores do que são.

Somos muito ingenuos se um dia acharmos que somos perfeitos, ou que nada pode ser refeito. Eu descobri que na vida tudo e todos se transformam, e que nossa história sempre pode ter novos finais, e sim finais muito felizes.


Assim continua a minha caminhada, construindo, descobrindo, redescobrindo, sonhando e o melhor, conhecendo e me encantando com a vida e com as pessoas.

Beijos a todos!

domingo, 15 de maio de 2011

Quando....

Estas palavras são para todos nós!!!!

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!"
Charles Chaplin

sábado, 7 de maio de 2011

Dias turbulentos


E vida doida.....
Hoje passei meio mal.... Nos últimos dias tem acontecido tanta coisa boa na minha vida, que a ultima coisa que poderia acontecer é eu ficar mal, né?
Tenho conseguido novas oportunidades de trabalho (muito boas), estou super bem com minha família e com meu marido, mas não sei por que a gente sempre tem que arranjar alguma coisa para “atrapalhar”.
Hoje na terapia me dei conta que tenho medo de mim mesma.....tenho medo de alguns sentimentos e dos meus monstrinhos.....
Sou como uma biblioteca, que esta linda por fora (jardins arrumados, portas magnificas, janelas lindas), mas por dentro ainda uma bagunça (livros espalhados, cortinas fechadas....).
Isso sou eu. Agora que comecei a vê-la, tenho que arruma-la, mas por onde começar? E as consequências disso? Queria pensar menos e agir mais, mas ainda não consigo fazer isso....
Quero seguir até o fim para colocar tudo em ordem. Mas quem disse que se conhecer é fácil!
Auto conhecimento exige muito!
Meu problema é que quero ter o controle de tudo que me rodeia, isso me leva a ansiedade, e se eu não cuidar ao pânico.
O que foi bom, é que me dei conta finalmente que eu faço isso, por que no fundo não tenho esse “controle” dentro do meu coração. Tá tudo tão bagunçado, que para eu disfarçar para mim mesma, eu quero ser a melhor, a mais forte por fora.
Doce ilusão. As vezes criamos ilusões para nós mesmas. Vejo hoje que crio coisas para mim....para não me enxergar.
Os outros sabem quem eu sou, é difícil se esconder do mundo, mas e eu? Eu sei?
Boa pergunta....minha briga esta sendo essa: onde eu levarei meus “monstrinhos”? Eu tenho certeza de quem sou, ou um pouco do que faço é para os outros e não para mim?
Shakespeare, em Otelo já dizia: “ Ser ou não ser, eis a questão...”.
Essa frase nunca teve tanto significado para mim, como hoje.


Beijos e até semana que vem.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sugestão de Filme - Cisne Negro!

Galera!

Uma boa sugestão de filme, para quem gosta de pensar sobre o que esta assitindo, e também para quem só quer relaxar....


http://www.youtube.com/watch?v=5jaI1XOB-bs

Beijos e bom filme!!

Sentimentos....

Durante estes últimos anos de terapia, tenho descoberto muitas coisas sobre mim.
Várias eu já aceitei, outras eu entendi e outras eu me orgulhei!
Algumas, por mais banais que pareçam para quem as vê de fora, eu insisto em guarda-las a sete chaves, e de tão bem guardado, quando reaparecem, fazem um tsunami de emoções e sentimentos, que parece que vamos explodir.

Nas duas terapias que faço (cognitiva e TVP), uma das coisas que mais tenho que lidar nos últimos meses são com meus sentimentos e emoções.

Não são sentimento ruins, nada disso, mas são emoções que eu não queria lembrar, por que de certa forma me levam para lugares, me trazem sentimentos que eu não quero mexer.

São situações relacionadas a infância e adolescência, que muitas pessoas passam, mas que eu em algum momento não consegui superar.

Guardei alguns sonhos, desejos e sentimentos a sete chaves (nem sabia mais – conscientemente que eles existiam) mas estão aqui comigo, e agora estou tendo que revê-los, e isto não esta sendo fácil!

Tenho descoberto que fazemos muitas coisas (na maioria das vezes sem perceber) devido a sentimentos guardados, esquecidos e tão vivos que temos a sensação de que podemos tocá-los.

Eu sei que parece óbvio...rsrsrsr, mas para mim não é (ou era).

Várias ações do meu dia a dia (coisas que até já agravaram meu pânico) já foram escolhidas ou guiadas por sentimentos que eu mesma nem sabia que os tinha...

Para mim isto é muito louco. Falando assim para vocês, fica até mesmo confuso.
Imagine para mim??? As vezes acho que sou realmente um pouco maluca....rsrsrsrsrs

Minha alta ansiedade, até mesmo uma parte da minha “empolgação” são frutos de um pequeno vazio de sentimentos, que vivo há anos, mas que só me dei conta agora!

Parece triste, mas não é! Foi bom me dar conta disso.
Estou em uma fase de tentar entender o que é este vazio, e também aceitar alguns sentimentos esquecidos e que foram relembrados.

Eu, que sou uma pessoa que adoro sentir! Acho que a vida tem que ser sentida, e no presente momento estou morrendo de medo de sentir.....

Ai, ai.....isto se chama “AUTO CONHECIMENTO”. Isto se chama querer crescer.
Quem disse que crescer era fácil?
Assim caminha minha vida, assim caminha minha história....

Mas não vou deixar estas pendencias para trás, por mais doloridas que sejam.
Fazer terapia, é isso! As vezes esta tudo bem, até que percebemos uma farpinha saliente que fica arranhando, arranhando, e precisa ser aparada por mais difícil e dolorido que seja.

Semana que vem conto um pouco mais!!

Beijos e boa semana!

Vida que segue....

Minha vida segue.
Cada dia me sinto melhor, mais viva!
Sábado conversei com uma amiga, e cheguei a uma conclusão: o pânico, quando aceito e tratado de forma correta, é uma coisa boa, sabia? Para mim foi!!!
Se não fosse o pânico, eu não teria procurado me conhecer melhor, e talvez hoje não seria tão feliz com meus amigos, família, marido e trabalho.
Claro que tenho meus altos e baixos (todo mundo tem), mas hoje olho para a minha vida de forma diferente. Quero ser melhor para mim, quero abrir caminhos, ajudar pessoas, descobrir novas habilidades.
Talvez, se eu não tivesse pirado, ficado doente, hoje muita coisa que eu sou estaria guardada de mim mesma, e talvez eu não teria tantas pessoas e coisas boas fazendo parte da minha vida.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Volta ao trabalho!!!

Bem, como vocês já sabem, em abril do ano passado sai do meu emprego de quase 8 anos.
Deu muito medo! Imagina, sair de um lugar que eu conheci muito bem, sabia tudo o que fazer, as pessoas confiavam no meu trabalho....

Mas medo eu já tinha de quase tudo, né?¹ Colocar mais um na lista não iria me matar.
E graças a Deus e sempre estive rodeada de pessoas maravilhosas que queriam o meu bem.
Com as novas crises de pânico, e por eu expor minha realidade a todos percebi como pessoas que eu nem imaginava gostavam tanto de mim.

Fiquei os meses de Abril, Maio e Junho desempregada (mas feliz)!
Nesta época comecei a melhorar cada vez mais, e no final de maio, eu já ia em shopping´s, supermercado sem morrer ou ter um ataque de pânico, e o melhor sozinha!
Deixei de depender das pessoas para conseguir ir a todos os lugares que gostava de ir....ufa! Uma parte da doença estava super controlada, e eu estava super bem!

Isso só foi possível por que eu fui teimosa. Sair de casa para enfrentar algo que faz a gente sofrer não é muito confortável.

Como eu tinha medo de tudo....rsrsrs, uns dos meus maiores medos era ficar em casa e me fechar para o mundo, por isso enfrentava as crises, saia de casa mesmo sabendo que havia uma grande probabilidade de ter que voltar, persistência!

No final de julho arrumei um estágio na área de educação e cidadania.
Comecei a trabalhar com o que eu realmente gostava....Foi um sonho!
O estágio era de 6 horas por dia, e por isso foi supertranquilo.

Mas como sou “a que quer fazer tudo” toda hora queria fazer tudo o que aparecia, se deixasse eu pegava trabalho até dos outros estagiários.
Foi ai que a ficha caiu....lá estava eu novamente querendo ser a perfeita e mega eficiente!
Ainda bem que as pessoas que estavam comigo no estágio eram maravilhosas, e me ajudavam a me perceber.

Não é fácil mudar, principalmente uma característica que basei quase toda minha vida (sem exageros). Como eu ia fazer para mudar?

Descobri que sempre fui assim, e talvez sempre serei, mas o que realmente eu tinha que mudar não era o “ser perfeita”, mas o respeito com o meus limites e comigo.
Dai surgiu outra dúvida: Quais eram os meus limites?
Horrível isso, mas me dei conta que sempre vivi me baseando nos outros, no que iriam achar de mim, se eu era legal, se eu era boa....como assim?
O primeiro exercício da terapia ( meio difícil - e estou brigando até hoje, mas evoluindo): Eu tenho que ser legal comigo, boa comigo.
A minha essência é ser alegre, dar risada, respeitar as pessoas, ajudar quem precisa, isso não vai mudar! Então por que eu não posso me respeitar?

Não que eu fosse aquelas pessoas que falam “amém” para tudo, mas eu sempre exigi de mim perfeição, ser legal, receptiva, eficiente, inteligente, prestativa, errar para mim era (em muitos casos ainda é) a morte!! Dai eu passo sempre por cima dos meus limites para agradar as pessoas e nunca deixa-las decepcionadas comigo.
O que significa que chega um momento que eu canso, me sinto presa, sufocada e pufff: PÂNICO!

Ter pânico, depois de muito bater a cabeça, aceitei que não é sinônimo de fraqueza, ou frescura, como muitas pessoas acham.

Ter pânico (para mim) é ter medo de não acertar, é forçar a barra consigo mesmo, é não aceitar nossas fraquezas. Não é um bicho de sete cabeças, é uma doença que pode ser controlada, mas primeiro ela tem que ser aceita e vista como uma doença, uma enfermidade. 

Eu estou bem dos sintomas, as terapias estão me ajudando a controlar as causas. Sem me conhecer e saber os porques de eu pirar de vez em quando, sempre terei recaídas.

A mega novidade é que já estou quase sem medicação. Minha psquiatra já esta diminuindo, e acho que daqui dois meses (demora....) estarei livre de remédio....uuupiiiii!!  

Nossa tenho tanta coisa para contar....
Vou parar por hoje, depois conto mais sobre as descobertas durante o estágio e outras novidades.

Beijos e bom FDS!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Indicação de filme!

Gente, independente de religião este filme é maravilhoso, pois fala de amor e de que sempre podemos recomeçar....

Para mim o filme é perfeito! Também já li o livro e é demais!  
Nosso lar...

Voltei!!

Oi Galera, voltei!!!
Ano passado parei de postar por causa da correria que estava meu TCC ...sorry! Até final de dezembro ainda estava colocando em ordem os últimos detalhes, depois fui viajar, voltei no inico de janeiro já trabalhando a todo vapor …..ufa!!! Acabei ficando um pouco afastada das minhas histórias, mas agora vou voltar a contá-las.

Depois que sai do meu antigo trabalho as coisas começaram a melhorar...
Comecei um estágio na minha nova profissão: Pedagoga, e por fim me dediquei mais em conhecer quem realmente eu era.

Vocês devem pensar: Como alguém resolve saber quem é aos com 29 anos de idade? Confesso que eu também achei um absurdo, mas antes tarde do que nunca, né?

Meus anos de terapia antes desta ultima crise foram ótimos, cresci muito, descobri muitas coisas que me machucavam, mas parece que só depois deste ultimo episódio de pânico (que foi muito pior dq em 2002), eu realmente percebi que ainda tinham muito oq crescer e aceitar em mim mesma.

Não estou defendendo a ideia de que a gente só vá se conhecer depois de doente ou só com terapia, mas eu, como muita gente, sempre quis ser a “perfeitinha” e por isso todos os meus monstros, medos e até mesmo vontades ficavam guardadas de mim mesma, para eu poder ser sempre a melhor pessoa para todos, só esqueci de ser a melhor pessoa para mim.

Desde do ultimo episódio que relatei a vocês nunca mais tive crises de pânico.

Nestes ultimo ano olhei para antigas feridas, corri de meus monstros, voltei, chorei, ri, redescobri, descobri....nossa tanta coisa.
Não sou filósofa nem nada, mas a cada dia descubro mais como amo a vida e como vale a pena sermos nós mesmos.

Depois que sai da Medley resolvi buscar saber sobre alguns amigos de infância. Na terapia falo sempre de coisas boas e ruins que aconteceram nesta época, e durante algumas sessões comecei a sentir saudades deles. Alguns eu reencontrei, saimos, conversamos e as vezes nos falamos, outros conversei por e-mail, mas nossa foi tão bom! Eles não tem ideia de como são e foram importantes na minha vida...

Este ano quero compartilhar com vocês algumas das minhas descobertas.
Estou fazendo terapia cognitiva e de regressão, e vocês não tem ideia de como esta sendo importante rever meu passado e refletir sobre meu presente.

Vou postando para vocês durante as próximas semanas minhas descobertas sobre mim mesma, meus medos, e minhas redescobertas: perdão, amor, medos, saudade, alegrias.... como é bom estar viva!!!!

Beijos para vocês e agora volto com tudo!!!