Sejam Bem Vindos!!

Este blog foi criado para relatar minha experiencia com a Síndrome do Pânico, que tenho desde de 2002, e também minhas impressões sobre a vida.

Quando descobri que tinha a doença foi muito difícil, não a conhecia bem e não queria aceitar a situação. Por isso quero dividir minha experiencia com vocês, para poder divulgar este distúrbio e mostrar que o Pânico não tem cura, mas é controlável.

Também relato minha tragetória para descobrir quem sou, e o que um dia quero ser....

“ A vida é curta, por isso, faça amigos, perdoe os inimigos, faça planos, realize sonhos, quebre regras, faça outras, e nunca deixe de sorrir . Viver não é facil como imaginávamos, mas já que estamos vivos ame e viva como se o amanhã fosse incerto.” (Dani Mendes)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Agorafobia

Força de vontade de melhorar é essencial para quem tem pânico, mas isso não basta. Primeiro temos que nos forçar a ver quem somos e por que estamos assim. Temos que assumir que não somos tão insensíveis como gostaríamos, e isso é uma das partes mais difíceis...reconhecer quem somos. Como fazer isso? Ou melhor, saber de nossas fraquezas é fácil se compararmos com a dificuldade de mudarmos a nós mesmos! Como manda a minha cabeça parar de pensar, se quem manda é ela? Difícil isto...
Eu estava caindo em mais uma armadilha montada por mim mesma, mas não queria ver.
A Agorafobia estava piorando. Não conseguia nem pensar em ir a shopping. Imaginem, em plena época de Natal eu tentando ir a um shopping? Piada, né?
Depois do Natal, resolvi ir ao centro da cidade de Campinas, onde moro com meu marido.
Chegando lá vi as ruas vazias e me aventurei a ir com ele no mercado central.
Foi a pior experiencia que tive com o pânico.
Teimosa, entrei no mercado e comecei a sentir minhas mãos formigarem, e a ter tonturas. Insisti, e depois minhas pernas ficaram tremulas e então resolvi sair do local.
Sorte que meu marido estava perto, minha vista pretejou e quase desmaiei. Fui carregada para o carro. Não me lembro de chegar em casa. Sei que fui medicada e dormi duas horas.
Dois dias depois viajamos de carro para Goiânia. Eu simplesmente não consegui entrar nas lojas de conveniência. Eu era maluca....
Chegamos em Goiânia em segurança. Lá eu não ia em mercados. No Reveillon tentei ajudar minha sogra e minha cunhada a comprarem a ceia, mas fui barrada pelo medo. Simplesmente não dava para pensar em ir em festa cheia.
Voltamos para Campinas e iniciei novamente a terapia, agora com uma psicóloga indicada pela minha médica.
Começava novamente uma nova jornada de autoconhecimento e principalmente de aceitação.
Estava descobrindo que o pior não é o pânico, e sim nos defrontarmos com nós mesmos.

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