Sejam Bem Vindos!!

Este blog foi criado para relatar minha experiencia com a Síndrome do Pânico, que tenho desde de 2002, e também minhas impressões sobre a vida.

Quando descobri que tinha a doença foi muito difícil, não a conhecia bem e não queria aceitar a situação. Por isso quero dividir minha experiencia com vocês, para poder divulgar este distúrbio e mostrar que o Pânico não tem cura, mas é controlável.

Também relato minha tragetória para descobrir quem sou, e o que um dia quero ser....

“ A vida é curta, por isso, faça amigos, perdoe os inimigos, faça planos, realize sonhos, quebre regras, faça outras, e nunca deixe de sorrir . Viver não é facil como imaginávamos, mas já que estamos vivos ame e viva como se o amanhã fosse incerto.” (Dani Mendes)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Como é difícil olhar no "espelho"...

Depois desta ultima crise de 2003 comecei a prestar mais atenção em mim, e no que me machucava ou agoniava.
Confesso que não foi fácil, mas eu queria ser uma pessoa “normal”...
A minha psiquiatra mudou minha medicação, e eu estava me sentindo um pouco melhor.
O que estava sendo muito dolorido para mim era lidar com a culpa em relação a minha família.
Meus pais não estavam muito bem, e as brigas eram constantes. Eu me sentia culpada por tanta coisa: primeiro por não estar lá, e eles acharem que eu havia abandonado o lar; depois por ter deixado dois dos meus irmãos no meio das brigas; e por ultimo não me sentia no direito de estar feliz por eles não estarem felizes.
Além de tudo isso também estava em plena briga com a minha ansiedade.
Eu era uma doida. Um dia consegui parar e me ver, e pensei: - “Como as pessoas me aturam desse jeito?”
Arranjei mais uma coisa para me desesperar....eu tinha que me controlar, ser menos maluca e deixar as outras pessoas menos doidas com tudo que eu queria fazer ao mesmo tempo. Mas como eu ia conseguir mudar algo que fazia parte do meu eu???
Era uma enxurrada de emoções, situações e medos...
Mas para sair das crises além da medicação, entendi que eu tinha que saber lidar com o que me agoniava e me tirava do controle, ou seja, teria que saber lidar naquele momento com a ansiedade e a culpa.
Minhas médicas me ajudaram muito, mas não pensem que elas foram boazinhas.
Várias vezes saia do consultório arrasada, pensando que a minha terapeuta estava viajando, e só eu sabia como era difícil lidar com aqueles sentimentos.
Depois com a cabeça mais calma, percebia que o caminho mais fácil era enfrentá-los.
Até que um dia consegui, quase morrendo de dor, não me meter nos problemas dos meus pais. Sofri como nunca.
Queria ir na casa deles e resolver tudo, eu me sentia um pouco mãe deles.
Mas eu tinha que ser forte, estava na hora de eu cuidar de mim.
O primeiro passo para sair das crises eu dei naquele dia, mas as coisas não eram tão simples como pareceram...

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